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LEMBRANÇAS DE ALTO ALEGRE,
RIACHÃO DO JACUIPE
e FEIRA DE SANTANA
Nasci em 1954, filho de José Carneiro de Oliveira Nazaré, que foi nos anos 50, 60 e 70 escrivão do cartório em Capela do Alto Alegre - BA, em sociedade com o Sr. Ezequiel Alexandre de Moura, escrivão-titular do cartório de Gasvião-BA. Meu pai me falava muito de um padre chamado Manoel Maria da paróquia de Monte Alegre da Bahia (hoje Mairi), e tambem de um colega escrivão do cartório de São José do Jacuipe chamado Néco.
Minha mãe D.Elizete Almeida, filha de Candido Juvencio dos Santos e Rita Almeida dos Santos, parente portanto, pelo lado materno, sou, de toda familia Almeida e Santos originárias das fazendas "Boa Sorte" e "Lagedo do Alto", no município de Capela do Alto Alegre - BA.
Não vou citar todos o nomes, pois seria muito cansativo, mas quero citar três nomes que eu sempre tive um enorme carinho, o maior amor nesta vida: Candido Juvencio dos Santos, meu avô, Leôncio Gonçalves de Almeida, meu bisavô originario do município de Mairi e que viveu 112 anos de idade, e Adélia dos Santos Oliveira, ainda viva e moradora em Alto Alegre-BA, e é minha tia-avó que eu amo de mais, sou apaixonado por ela, dificilmente visito Capela do Alto Alegre e volto sem visitar a sua casa..
Pelo lado paterno, sou parente de toda familia Carneiro, Oliveira e Nazaré (ou Nazareth ortografia antiga), originárias das fazendas "Pedra Bonita" e "Olhos Dágua", sou neto de Cecília Petronilha de Oliveira e Antonio Carneiro de Oliveira, este, irmão de Evaristo Carneiro de Oliveira, filhos de D. Maria Sophia Nazareth de Oliveira, originária da região de Cachoeira e Nazaré das Farinhas, no Recôncavo Bahiano. D. Maria Sophia Nazareth foi para essa região por motivo de casamento com o agricultor João Roberto Carneiro de Oliveira.
Por erro do cartório do Registro Civil, naquela época tão remota, os filhos desse casal pegaram os dois sobrenomes do sr. João Roberto e perderam o "Nazareth" da matriarca Maria Sophia. Porém, anos depois, um dos seus netos, o sr. JOSÉ, veio a ser coincidentemente escrivão de cartório, e fez uma petição ao Juiz da Comarca de Riachão do Jacuipe, reinvindicando o direito de incluir o "Nazareth" em sua assinatura. Os outros irmãos do sr, José nao fizeram isso, mas ele fez, porque sempre foi um homem apaixonado por História e preso a laços de sangue, genealogia, essas coisas. Como nessa época a grafia da lingua portuguesa havia passado por uma reforma, o nome ficou JOSÉ NAZARÉ (perdendo o que se chamava de "th mudo" ou seja era escrito mas não se pronunciava), outro exemplo bem conhecido era pharmacia, cuja pronúncia é farmácia.
Eu trago muita genética do meu pai, o ESCRIVÃO JOSÉ NAZARÉ, e uma delas é justamente a paixão por Ciencias Humanas: (Gramática, História, Geografia, e laços de sangue.(Genealogia)
Além de História, sou apaixonado pela língua inglesa, e foi por isso que inclui o "th" no meu sobrenome (olha ele de volta rsrsss) no batismo evangélico, nome artístico registrado, e no registro civil de nascimento dos meus filhos: Elizabeth Mota Nazareth de Almeida (Almeida por casamento, feliz coincidencia), e James Lyndon Mota Nazareth. Dessa forma, eu Evaristo Almeida Oliveira Nazareth perpetuei os laços de sangue que foram requeridos por meu pai com relação a minha bisavó Maria Sophia Nazareth de Oliveira e acredito que assim também com relação aos Nazareth (ou Nazaré) da região do Recôncavo Bahiano, embora não os conheça.
Nasci em Capela do Alto Alegre, um pequeno povoado do município de Riachão do Jacuipe, porém foi emancipado em 1985 e desde que se tornou cidade tem crescido bastante. Quem visitou o povoado há 30 anos atrás, pode perceber hoje um grande crescimento demográfico e prosperidade econômica.
Tenho também uma parentela enorme na cidade de Riachão do Jacuipe e distritos, principalmente Vila Aparecida. São descendentes da famiília do meu pai, que foram há muitos anos morar lá, sua irmã Diolina e outro irmão Hermilo Nazareth, agrimensor (medidor de terras) e lutier (conserto de instrumentos musicais). Esses familiares nutrem por mim um amor muito grande, e por isso eu sempre fico dividido o coração entre Alto Alegre e Riachão do Jacuipe onde fui morar com 13 anos de idade.
Aos 18 fui morar em Feira de Santana, onde conclui os estudos, casei, criei filhos e hoje vivo, exercendo a profissão de vendedor autônomo e o ministério de música: (cantor e compositor gospel, atualmente gravando o 1º CD "Nova Criatura"
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Algumas fotos de Riachão do Jacuipe, que também faz parte de minha vida. Riachão do Jacuipe é um pedaço de mim.
Riachão do Jacuipe, onde estudei na adolescencia |
Riachão do Jacuipe meu amor, minha flor, que bom te ver! Doces lembranças de voce, da escola onde eu estudava, dos amigos e das meninas que eu amava, sempre linda vou te ver
Pç. Landulfo Alves, da escola onde eu estudava, profa. Maria Dagmar de Miranda (Português), Aloisia Mascarenhas (Inglês, meu idioma preferido) Hernorina Lima Vieira (Francês), Eutália (História e Geografia), Almir (Matemática) e outros.
Minhas notas: Inglês 10, Português e Francês acima de 9, História e Geografia acima de 8, Matemática abaixo de 6, Religião 0
Os carros da época: Fusca (a maioria, e a gente chamava de "cascudinho"), Jeep, Rural, Kombi, Camionet, Aerowillys, Sinca, DKV, Gordini, e o luxuoso Impala, que em Riachão só tinha um:, do cidadão José de Tuza, era uma uma onda!!! rsrsrsssss
SIMCA 67 ( foto: danukar.com)..e tinha até uma música :"Meu carro é vermelho, não uso espelho pra me pentear"
AEROWILLYS (foto: balback23.blogspot)
O luxuoso IMPALA , em Riachão só um cidadão tinha: sr. José de Tuza (foto: cidadesaopaulo.olx.com)
O diretor do Ginásio N. S. da Conceição (da CNEC) era o Dr. Manoel dos Santos Mascarenhas (Dr. Néco) imagine aí a disciplina: não podíamos nem colocar as mãos nos bolsos, ele botava de castigo rsrsrsss e se murmurasse, ele dava uma suspensão. kkkkkkkkkk Que tempo bom! Hoje quando vejo a grosseria com que alunos tratam os professores chega me dói o coração.
Dr. Néco era um diretor linha dura, inclusive na época´nossa país vivia em ditadura militar e ele tinha que cumprir o seu papel de diretor, mas quero ressaltar aqui que o Dr. Manoel dos Santos Mascarenhas me amava demais. Eu era meio "levado da breca" rsrsrsss, reconheço hoje, e ele então pra dar uma satisfação aos outros alunos passava castigos enormes para mim, tipo assim, por exemplo: excrever 400 vezes a frase "Não devo perturbar na sala de aula" Só que na saída da escola ele me abordava e dizia: -"Vá fazer o castigo lá em casa, viu?" Eu então comprava várias folhas de papel pautado para escrever a frase em cada linha, e lá na casa dele quando eu escrevia apenas duas ou três folhas, ele dizia: -"Já tá bom, pode sair do castigo, o ESCRIVÃO JOSÉ NAZARÉ seu pai, é muito meu amigo, não quero que ele fique triste, mas é só por ele viu? tome vergonha e não faça mais barulho na sala" (kkkkkkkk)
Havia tambem outros amigos do meu pai que tinham muito carinho por mim, Noé Mascarenhas, Dr.Eliel Martins e D. Carmosa do cartório, e até lembro que o esposo dela tinha um Jeep que ele não trocava por fazenda nenhuma.
Nessa praça havia um clube com serviço de alto-falante no fim da tarde, a gente ouvia as músicas da Jovem Guarda: Roberto, Erasmo, Wanderléa, Renato, Leno & Lílian (locutores Plínio, João S.Paulo, Idelmário). Eu tinha até amigos que tocavam violão pra mim: João Mascarenhas São Paulo, Babi, Amarílio Soares, Goreti Figueiredo, e outros amigos Hidelmário, irmão de D. Evany, Fernando, Renato, Reisinho, João Evangelista Araujo Barreto, Érico Tadeu, Godofredo Filho (q me emprestava revolver e roupa de cowboy para eu brincar de bang-bang com a minha turma), José Raimundo repórter e sua irmã Lia (que a gente fazia dever de escola e sua mãe nos trazia merenda: doce de leite com requeijão), Antonio José d D.Carmosa, Antonio José Souza, Romero, Darc, Luzinha.....uaaaau quanta saudade.... e éramos todos jovens!!! (nao vou citar todos senão o blog não vai caber rsrsrsss)
O Clube Euterpe Jacuipense promovia show de calouros, e os ganhadores eram quase sempre Alberto e Américo (gêmeos) cantando músicas de Eduardo Araujo
Aah, e tinha também o cinema do sr. Manoelzinho, na rua J.J. Seabra (da lateral da igreja) que pra chamar atenção tocava o tempo todo as músicas da Jovem Guarda, usando uma caixa de som na porta do cinema.. Os filmes geralmente eram bang-bang, aventura e Bruce Lee. Porém bem mais interessantes do que os filmes eram as meninas que a gente paquerava na entrada das sessões. (uaaau que tempo bom!)
A saudade banha-se nas águas do Riachão, correnteza dos olhos, batidas do coração, no verde da mata e no azul do céu, teu leite dá nata, tuas abelhas dão mel.
Lagedo, mandacaru, caatinga aberta, tudo isso lembra muito Alto Alegre onde nasci, naturalmente é tudo a mesma coisa, é a mesma regão, uma é filha da outra, Capela é filha de Riachão.
Lindo lindo lindo, paisagem típica da região , exatamente como nos anos 60 e 70. Tudo igual como era antes, parece até que se conservou para mim
"Glorifica, irmão, Jesus tá no sertão/ Oi! até o mandacaru levanta a sua mão" (Foi entre Vila Aparecida e Riachão que eu compus esta canção, em fevereiro de 2006, viajando de ônibus, inspirando-me numa roça de mandacarus na beira da estrada
Ichu, abelhinha zangada, muito comum na região, inclusive o nome deu origem a um ex-distrito de Riachão, hoje cidade de ICHU. Esse aí preferiu fazer suas instalações no mandacaru para dificultar o acesso dos predadores
Capela do Alto Alegre é filha legítima de Riachão do Jacuipe. A filha cresceu muito, chegou a maioridade e se emancipou, como todas as filhas, deixando a mãe saudosa. Mas a mãe cresceu também, ganhou bairrros e.........
....... avenidas que eu nem conheço, assim como uma linda barragem que eu não desfrutei, porque meu coração jovem bateu asas pra Feira de Santana em busca de aventuras e melhores estudos (quer dizer: em graduação maior, porque a quakidade do ensino primario que recebi em Riachão foi excelente)
.......... e até uma ponte nova, que me faz lembrar a ponte velha do meu tempo, quando nas enchentes do rio era uma festa, as pessoas pulavam da ponte e mergulhavam no rio transbordante
Os dias passam, as noites vêm, uma saudade aperta o peito, vontade de ver, talvez, quem sabe, um clarão da lua refletido na água do rio, e aí quando o coração não aguentar mais tem um asfalto que nos leva de volta ....... pois assim como a noite sobrevem ao dia, ela tambem se vai e um novo sol abre um sorriso no horizonte
Um novo sol sobre Jacuipe River City
LEGENDAS poemizadas por Evaristo Nazareth
FHOTOS by: Netto Mascarenhas
Thank you, very much!
Linda paisagem da região de R.do Jacuipe (Pé de Serra, que se amancipou juntamente com Alto Alegre) |
Serra do Leão, em Pé de Serra - Ba. |
FEIRA DE SANTANA - BA, onde moro desde Dezembro de 1972, cursei o 2º grau, fiz inúmeros amigos, casei-me e criei filhos
Feira de Santana nos anos 70. Não haviam edifícios, porém sempre foi linda, plana, ruas largas e longas avenidas. (FOTO paranacart.by Luiz Gomes Barbosa). Mais adiante, escreverei sobre Feira de Santana, minha juventude e meus amigos
MINHA INFANCIA EM ALTO ALEGRE
Mas de todas as fazes da vida do homem, a mais marcante é a infância , seja ela feliz ou sofrida, e as lembranças de minha infância estão fortemente impregnadas em minha vida, cujas informações armazenadas na memória tem como "visual" CAPELA DO ALTO ALEGRE, e "auditiva" o ROCK'N'ROLL, trazido para o Brasil através da música dos Beatles e copiado pela Jovem Guarda.
A Jovem Guarda era o que se ouvia na época nas residencias e nos bares de CAPELA DO ALTO ALEGRE, e principalmente num serviço de alto-falante que ficava na ponta de um poste de madeira fincado na praça e somente para isso, pois não havia ainda energia elétrica no lugar, e ficava entre a igreja católica e a única casa de andar que havia no povoado: a casa do delegado Edgar Dantas.
O que se ouvia era Roberto Carlos, Erasmo, Jerry Adriani, Wanderléa, Renato & Seus Blue Caps, Leno & Lílian, Deny & Dino, Os Vips , Golden Boys, Trio Melodia, Os Incréveis, Os Jovens, Eduardo Araujo, Silvinha, Meire Pavão, Celly Campello, Vanusa, Rosemary, Rita Pavoni, Demetrius, Ronnie Von, José Roberto, The Fevers, .....essa foi a trilha sonora de minha infância em Capela do Alto Alegre e Riachão do Jacuipe.
"Forró?' só se ouvia na fazenda. Mas aqui na "rua" como a gente dizia, só dava o rockinho da Jovem Guarda, na boite de Cornélio até furar o disco de vinil tocando Os Incriveis "Era um garoto que como eu amava Beatles e Rolling Stones", e uma música dos Brazillian Bittles que dizia: "Gata, gatinha louca, gata selvagem" . Havia também o trailler da D. Nina cujos filhos eram fãs da Jovem Guarda principalmente Roberto Carlos e Renato & Seus Blue Caps, havia o bar de Antonio Fernandes (Tota) que tocava de tudo, e ainda o bar de Mário Lionel, que dispunha da coleção completa de Jerry Adriani , Leno & Lilian, Roberto Carlos e Wanderléa, Com tantos assim, não deu outra, eu só poderia mesmo ser rockeiro.
Amo o meu país de natureza tão rica e povo tão belo, mas desde menino meus ouvidos se apaixonaram pelo som que veio dos Estados Unidos e da Inglaterra, e hoje DEUS me chama pra levar a mensagem do Evangelho com fundo musical dessa influencias. (música é uma linguagem universal)
Amo o meu país de natureza tão rica e povo tão belo, mas desde menino meus ouvidos se apaixonaram pelo som que veio dos Estados Unidos e Inglaterra, e hoje Deus me chama para levar a mensagem do Evangelho com fundo musical dessa influência. Musica é uma linguagem universal. Tem gente que diz: -"ah só gosto de música evangélica"- só que "música evangélica" não exisate, o que existe é a mensagem do evangelho expressa com música, que pode ser em qualquer estilo ou ritmo: forró gospel, axé gospel, pop gospel (que é o nosso caso), rock gospel, romantico gospel, que alguns chamam de "adoração", o que também é outro erro, pois não existe "adoração" como "ritmo musical", e sim como estilo de mensagem: adoração, exaltação, lamentação, crítica, etc. Ritmo é outra coisa: romantico, valsa, pop, rock, forró, etc.....bem, vamos voltar ao contexto:
Aah! e meus amigos de infancia ! sinceramente não vou nem citar aqui pra não correr o risco de esquecer um, e ficar zangado comigo. Mas vou citar apenas um fato que hoje torna-se relevante em minha vida; Eu estava na casa do sr. Aureo Ferreira de Oliveira que é parente do meu pai em certo grau, e naquela oportunidade o seu filho Arismário começou a me mostrar umas canções que ele estava compondo. Ali naquele momento despertou em mim um desejo enorme de fazer musica também, assim como aquele colega Arismário. Cheguei até tentar fazer algo, mas não saía nada interessante, e a luta pela sobrevivência me levou por outros caminhos e tranquei aquele sonho numa gaveta.
Mas no ano 2002, logo após ter me convertido ao Evangelho, o poderoso Deus abriu aquela gaveta e resgatou meus sonhos. Hoje sou cantor e compositor gospel gravando o 1º CD
Por isso, o meu DEUS não me manda jogar no lixo a história, a cultura e as boas amizades que foram construidas ao longo da vida. Cada coisa em seu lugar. Lembro da maioria dos amigos e os colegas da escola primária, de profa. Antonia Santana e depois Amelita Mota Silva, lembro-me de casa por casa do povoado de Capela , e nclusive uma certa vez em Feira de Santana eu cheguei a traçar um mapa das ruas de Capela todo na memória . Aliás, não eram muitas ruas naquela época (anos 60 e 70), hoje eu até me assusto de ver como Alto Alegre cresceu em tão pouco tempo.
No início dos anos 60 eu era menino traquino, badogueiro, caçador de passarinho nas caatingas da Fazenda Pedra Bonita e tomador de banho, nú , nos riachos dos Olhos Dágua, e andava todo dia 3 km. de pé (ida e volta) para ir à escola no povoado.
Riacho dos "Olhos Dágua", é palco das mais doces lembranças da minha vida. Este riacho corre por entre as caatingas da Fazenda Olhos Dágua e Pedra Bonita, onde vivi dos 4 aos 12 anos
PHOTOS by: Profa. Noelza
JOVEM GUARDA
Trilha sonora de minha infância em Alto Alegre
dupla Leno & Lílian, minha paixão na época |
DADOS HISTORICOS IMPORTANTES
A PRIMEIRA PRAÇA DE CAPELA
No início dos anos 60 surgiu a Praça do Mercado (hoje Pç.Antonio Dionísio) e eu guardo na memória ainda hoje (e as vezes até sonho) lembro até mesmo a arrumação da feira, onde ficava o feijão, a farinha, a seção de frutas e verduras (onde ficava a melancia que eu gostava) a seção dos beijus e coisas típicas da região, enfim, cada diivisão eu lembro ainda, e os açougues eram na parte interna do Mercado e outras seções, confecções, sapatos, inclusive minha mãe tinha um armarinho..
Mas nos anos 50, Capela era apenas uma praça (onde fica hoje o Kioski) de onde se originavam quatro ruas longas, uma de saída para Vila Fátima (hoje Nova Fátima), outra para S. José de Jacuipe, Varzea da Roça e Mairi, passando pela Fazenda Pedra Bonita, outra para as mulheres buscarem água no açude, pois tinha época que era uma seca terrível (1959, 61, e 62 por exemplo, foram) e a outra para Pintadas e Ipirá,´e dando acesso às Fazendas Boa Sorte, Lagedo do Alto. e também uma linda fazenda de um senhor chamado Prisco, que gostava de mim de mais e sempre pedia ao meu pai pra me deixar passar fins de semana lá. Guardo muito boas lembranças dessa fazenda, como tambem do Lagedo do Alto onde morei um ano com meu avô Candido.
Mas nos anos 50, Capela era apenas uma praça (onde fica hoje o Kioski) de onde se originavam quatro ruas longas, uma de saída para Vila Fátima (hoje Nova Fátima), outra para S. José de Jacuipe, Varzea da Roça e Mairi, passando pela Fazenda Pedra Bonita, outra para as mulheres buscarem água no açude, pois tinha época que era uma seca terrível (1959, 61, e 62 por exemplo, foram) e a outra para Pintadas e Ipirá,´e dando acesso às Fazendas Boa Sorte, Lagedo do Alto. e também uma linda fazenda de um senhor chamado Prisco, que gostava de mim de mais e sempre pedia ao meu pai pra me deixar passar fins de semana lá. Guardo muito boas lembranças dessa fazenda, como tambem do Lagedo do Alto onde morei um ano com meu avô Candido.
A praça, ostentava o único cartão postal do lugar: o trailer de D. Nina, onde vendia almoço, bebida e lanche e tocava as músicas da Jovem Guarda, e tinha ao lado um pé de carnaúba, atrás do qual as pessoas se escondiam quando queriam passar um trote em alguem: gritava o nome da pessoa que passava na praça e se escondia por trás da carnaúba (rsrsrss). O povo de Capela sempre foi, brincalhão, alegre e divertido.
FOTOS : do fundo do baú do grande relicário JOCI DE CAPELA, meu primo
Primeira praça O trailer: Abrigo de D. Nina Darei um abraço bem forte em quem reconhecer alguem aí |
Entre esses: Cândido Juvencio dos Santos, Lourival Fernandes, Terezinha Madalena Macedo, Elizete Almeida, Escrivão José Nazaré... e outros |
Eu posso descrever casa por casa daquela praça, não com exatidão fotográfica, mas por esemplo: numa esquina a casa de D. Fortunata (tempos depois de Rozendo), em seguida a casa do Sr. José Luiz, vizinho vinha o cartório do meu pai, em seguida a casa do Sr. Argemiro, que veio do mun.de Mairi, moradores seguintes desta casa Benicio e depois Laurindo), vizinho vinha a casa de minha tia Adélia (meu xodó, eu não saía de lá, a ponto de um dos meus primos , o José, ter raiva de mim e me espreitar no caminho da esola pra me bater rsrsrsssssssssss Coisa de menino traquino levado da breca!.
Em seguida vinha outra casa que eu não me recordo das pessoas (desculpem pelo amor de Deus!), e logo após vinha o casarão de D. Rosalina, essa eu lembro muito bem. A D. Rosalina Gomes da Silva, fundadora de nossa querida Capela , era uma pessoa maravilhosa, pelo menos para mim. O sr Joaquim eu não o conheci, já era falecido na minha infancia, mas a D. Rosalina, sim, eu me lembro de mais, ela era baixinha, fortinha, cor branca, cabelos brancos pois já era idosa, e apenas autoritária, mas não pessoa má. Eu frequentava a sua casa, porque ela gostava muito de mim e sempre me oferecia leite da fazenda e um delicioso requeijão.
Depois vinha a casa do sr. Filozino, onde vivia sentada na porta uma moça fazendo crochè, e eu já gostava de conversar com ela, chamava-se Ana, e era uma pessoa maravilhosa. A próxima casa, e úlltima daquele quarteirão, era uma loja de tecidos do Sr. José de Zuza, um dos nossos evangélicos .
Não vou descrever todo aquele povoado, claro, isso foi só uma demonstração de que me lembro daquela época, casa por casa, pessoa por pessoa, mas gostaria de citar um fato relevante, uma atitude daquela moça a Ana, que mesmo sendo ela deficiente fisica, porém certa vez, num gesto determinado e corajoso, ela entrou num tanque para salvar uma menina, um verdadeiro ato de heroismo e fé cristã surpreendente, e especialmente em sua condição física o que foi ainda mais impressionante e magnífico. Isso jamais pode ser esquecido
O PRIMEIRO CARTÓRIO EM CAPELA DO ALTO ALEGRE
Quero lembrar aqui a figura do meu pai, o sr. José Nazaré, que era um cidadão muito simples, mas dotado de inteligência, muito esforçado, literariamente instruido, escrevia com português corretíssimo, e por incrível que pareça, um auto didata, nunca frequentou escola nenhuma, aprendeu sozinho e chegou a ser escrivão do cartório. Ele era um intelectual, tinha uma estante enorme cheia de livros, como O Poder Patrio, Codigo Civil Brasileiro, Código Penal, vários Dicionários e Gramáticas da Lingua Portuguesa, várias Bíblias (embora fosse católico), e as paredes do cartório eram repletas de fotos de parentes e pessoas diversas do município.
Essa qualidade parece que eu herdei, essa coisa de Sociologia, Ciênncias Humanas, ´Jornalismo, História, Geografia, Linguas, internet, orkut, blog, estudar e entender o ser humano, resgatar história, me relacionar, testemunhar de pessoas, etc.
Embora o Sr, Ezequiel Moura e o Sr. José Nazaré fossem sócios no cartório, o sr. Ezequiel apenas escrevia e assinava, mas o mentor intelectual do cartório era o sr, José Nazaré, nos anos 50, 60 e 70. Era ele quem acentava todos os registros de nascimento e casamento e redigia todas as escrituras de terreno, casa, ou fazenda de toda aquela região que se estendia desde Gavião, Vila Fátima até Capela . Isso um homem que nunca passou por nenhuma escola pública, aprendeu tudo sozinho e praticou.
Mas, apesar de ter feito parte integrante e até certo ponto relevante da hístória antiga de Capela do Alto Alegre, o ESCRIVÃO JOSÉ NAZARÉ como era conhecido, faleceu em 1998, sem nenhum reconhecimento público, pois era um homem muito simples, introvertida, e não muito social (ou seja: não muito dado a festas), e por isso não foi digno de ser homenageado com nome de logradouro nem sequer da rua onde morava.
Veja também outros blogs:
www.familianazareth.blogspot.com
ESCRIVÃO JOSÉ NAZARÉ E SUA MÃE CECÍLIA PETRONILHA DE OLIVEIRA
ESCRIVÃO JOSÉ NAZARÉ E SEU FILHO ÚNICO |
Óia o cabelo do cara, véio! Meu Deus! que é isso?! |
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EU, nos anos 70 quando fui para Feira de Santana
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.EVARISTO NAZARETH, HOJE. Com 57 anos de idade, muito prazer, Yeah! Idade é uma questão meramente psicológica, há muito jovem velho por aí, assim como muito velho jovem, mesmo de cabelos brancos e rugas no rosto. O homem só envelhece quando pára de sonhar, e eu ainda tenho muitos sonhos a realizar. Alguns deles estão no blog http://www.evernazareth.blogspot.com/
JIMMY LYNDON NAZARETH, compositor guitarrista, genética forte do pai
JIMMY e LIZZY NAZARETH filhos de EVARISTO NAZARETH, música na alma e no sangue |
minha filha ELIZABETH MOTA NAZARETH DE ALMEIDA e minha neta LAÍS ALMEIDA |
Professora ELIZABETH e Soldado LINCOLN ALMEIDA, meu genro |
JENNY ROSEMARY DE OLIVEIRA, uma parente muito especial |
Brasão oficial da FAMILIA ALMEIDA |
FEIRA DE SANTANA
ENFIM A LIBERDADE
Em 1955, 56 e 57 morei no pequeno povoado de Capela do Alto Alegre
Em 1958 morei na Fazenda Lagedo do Alto, do meu avô materno Candido Juvencio dos Santos, pois meus pais haviam se separado conjugalmente. O meu avô tinha um enorme carinho por mim, talvez até mais do que minha própria mãe, e eu também gostava muito dele e de minhas tias, principalmente Florisete que tinha pouca diferença de idade e brincavamos juntos, porém meus tios (os homens) não me tratavam muito bem.
De 1958 a 1963 morei com minha avó paterna Cecília Petronilha de Oliveira, na fazenda Pedra Bonita. A minha avó me amava demais, porém as outras pessoas da família me maltratavam.
Em 1964 minha avó faleceu e ninguem queria ficar comigo, todos me rejeitavam, porque eu era muito travesso, endiabrado mesmo, revoltado por conta dos maltratos que sofria dos adultos.
Meu pai então me leva para o distrito de Gavião, porém não me dei bem com a população, foram muitas brigas e confusões. Mas guardo tambem muitas lembranças boas, principalmente de um colega de escola chamado Carlinhos, filho do sr. Laurentino Cunha, e também de toda a familia do sr. Ezequiel Moura, sócio do meu pai no cartório, e ainda uma senhora muito gentil e muito bela chamada Cota. Lembro de uma vez em que alguns colegas zombavam de mim e ela me defendeu: -"Não façam isso com ele, saibam que ele é muito inteligente, até mais do que voces"
Minha estadia por lá durou apenas 4 meses e meu pai teve que me levar de volta pra Capela, pois em Gavião eu havia xingado uma pessoa importante do lugar.
Mas Deus já tinha um plano em minha vida e colocou no meu caminho uma santa mulher pra cuidar de mim: Maria Queiroz Leite, casada com meu tio Otaviano Nazaré, também na Fazenda Pedra Bonita. Esta fazenda era muito grande, enorme, e com o tempo foi sendo dividida por muitos donos.
Assim, de 1964 a 1967, morei com minha tia Maria, que havia falado com meu pai exatamente assim: - "José, leva o menino lá pra casa, e eu te garanto uma coisa: se eu não der jeito nele ninguem mais dá, e voce pode leva-lo para um asilo de menores". E esta santa mulher foi o maior carinho materno que encontrei em toda minha vida. Eu só precisava de carinho das pessoas.
De 1968 a 1971 estudei em Riachão do Jacuipe e morei com meu tio Hermilo Nazaré. Foi aí que vim a conhecer outros parentes, inclusive a família de outra tia chamada Diolina (irmã do meu pai), e casada com um senhor chamado Manoel Bernardo. Além da família dos meus tios Hermilo e Diolina, toda a família dos Bermardo veio a ter um carinho, um xodó muito grande comigo, e foi dessa família que eu vim a ter a minha primeira namorada, a srta. Eva, lorinha muito linda, doce e amável, uma pessoa maravilhosa, filha do sr. Marcelino Bernardo e minha prima Alice, filha do tio Hermilo.
Em 1972 por motivo de doença, fui morar em Capela do Alto Alegre, na casa do meu pai. Ele tinha uma companheira chamada Diva, que já trouxe um filho chamado Xisto e foi um grande amigo na minha vida.
Dezembro de 1972, finalmente FEIRA DE SANTANA
Em Feira de Santana, eu tive um excelente ensino médio no Colégio Municipal Joselito Amorim, tive a sorte de viver uma época em que a escola pública ainda era de excelência, superando o ensino particular. Lembro que naquele tempo havia até um deboche nosso sobre a escola particular: "papai pagou, filhinho passou". Hoje até me entristeço de ver como o quadro se inverteu, e vejo tantas pessoas no 3º ano do 2º grau escrevendo errado.
Oh que saudade de Profa. Aônia, Sonia Ramos Lima e todo o quadro de professores do meu colégio municipal entre 1973 e 1975
.
Em 1976 morei em Salvador, mas voltei correndo pra minha querida Feira de Santana, pois meu pai cortou os estudos porque perdi no vestibular, e eu tive que trabalhar.
Quando comecei a estudar em Feira de Santana, em 1973, encontrei uma receptividade muito grande por parte dos colegas de colégio. Na escola fundamental em Alto Alegre, e ginasiana em Riachão do Jacuipe, eu era um pouco tímido, introvertido, carregando mágoas de uma infância difícil, carente, sofrida, em casa de um e de outro, sem o carinho de pai e mãe, porém em Feira de Santana eu me soltei.
Feira de Santana para mim já era uma sociedade mais desenvolvida, culta, e as pessoas começaram a me amar e admirar qualidades latentes, escondidas em minha personalidade.
Comecei a maltratar as cordas de um pobre violão, coitado, que apesar de não ter aprendido a tocar bem, mas mesmo assim proporcionou-me um circulo de amizade muito grande .e de ótima qualidade.
Meus colegas de colégio mais próximos eram Edivasco, Reinaldo Santana, Carlos Pita (músico do qual me tornei fã), Lauro, Antonio Marcos irmão do prof. Arlindo, Mário Costa Borges, Antonio Guimarães de Tanquinho, Lírio, Renê da banda Leopardos, Toinho da banda Israelstones, Salustiano Fernandes e os irmãos Antonio, José, Lafaiete, Eno, Zenóbio, Paula e Paulides, Eteval Araujo, Edna, Valdir Maciel, e muitos outros que depois vou colocando aqui.........................
Mas tinha um que foi muito especial em minha vida e quero escrever muito sobre ele: Augusto de Souza Araujo Filho (hoje conhecido como cantor ASA FILHO)
Colégio Municipal Joslito Amorim, década de 70, ensino de excelência
Aah, mas tinham também as meninas (Deus do Céu!! quanta saudade!!!), Anselma, Tânia Maria Marques (muito amiga), Eliana, Raimunda, ......................................
Tinha muita amizade também com as meninas do Pavilhão do 1º Grau, por conta de uma namoradinha Aparecida (que apareceu de São Paulo rsrsrssss): Cristina, Rosana (tambem foi namorada), Josefa Eceres (paquerinha), acho que o violão ajudava rsrsrsssss
Mas tinha uma morena que era a mais linda de todas e eu achava que não seria para mim.
Uma bela manhã de sol, na primavera de 1975, cruzamos um pelo outro na calçada do Museu Regional, indo eu para o colégio e ela voltando. De repente me deu uma vontade de olhar para trás... e para minha surpresa, ela havia ficado parada me olhando. Eu parei e ela me chamou dizendo que não ia haver aula. Passamos a conversar, andando ninguem sabe pra onde, até que fomos parar num belo jardim de uma praça, onde eu estremeci quando ouvi dos seus lindos lábios carnudos e vermelhos: -"Sabe que há muito tempo eu te observo? Eu gostaria de me casar com voce!"
Uaaaauuu ! Não acreditei e questionei: "Logo voce, que os caras andam babando no colégio?!" Ela respondeu -"Mas "nenhum deles", tem por dentro o que voce tem.
Seu nome Marilene Mota, e nos casamos em 26/10/1977
Feira de Santana sempre foi grande
e a Av. Getúlio Varegas sempre foi linda,
porém não tinha prédios.
Todo crescimento vertical se deu há pouco mais de 20 anos pra cá
Nos anos 70 a feira livre ainda era na praça João Pedreira , em pleno centro da cidade, até que o preefeito José Falcão da Silva corajosamente e progressista idealizou e concretizou o Centro de Abastecimento, na Barroquinha, e foi muito ciriticado na época pelos conservadores sob argumento de que a feira livre era uma tradição cultural. O prefeito José Falcão sempre teve ideias modernas, era um homem de visão.
FOTOS: paranacart by: Luiz Gomes Barbosa, Willi Poligraf, e José Kalk Brenner Filho
Somente a partir dos anos 90 a construção civil começou a projetar alguns prédios.(FOTO Comercio de Postais Ltda)
Hoje, o crescimento vertical de Feira de Santana, dá à cidade um aspecto de metrópole
(PHOTOS by: Evaristo Nazareth)
FEIRA DE SANTANA demorou tanto para construir edifícios, e eis que de repente ganha aparência de metrópole em 20 anos. Obviamente o requisito para decreto de Região Metropolitana não é quantidade de prédios, porém um projeto de lei já está sendo encaminhado pelos deputados da região, baseado no suporte comunicativo e comercial que Feira de Santana representa para a região. Serão declarados (em 2012 ou ainda em 2011) Região Metropolitana de Feira de Santana, os municípios de Tanquinho, Irará, Coração de Maria, Conceição de Jacuipe, Amélia Rodrigues, São Gonçalo dos Campos e Santo Estevão.
Bem , uma boa aparência também ajuda, e é notório o crescimento vertical e a beleza arquitetônica dos prédios de Feira de Santana, espalhados pelo centro, Kalilandia, Ponto Central, Santa Monica e Capuchinhos
A entrada da cidade pela BR-324, é um verdadeiro convite pela iluminação e urbanização da Av. Presidente Dutra
(FOTOS: skyscrapercity by Sinval)
Através das fotos aéreas, podemos perceber a imensidão da cidade: 15 km. de norte a sul, por mais ou menos 8 de leste a oeste.
FOTOS: espacoturismo.com
Uma planície, com monumentos artísticos, arquitetura moderna, ruas largas, e longas avenidas, fazem de Feira de Santana uma cidade linda. apaixonante.
FOTOS: espacoturismo.com
muraldacidade
skyscrapercity
NA CONTINUAÇÃO, FOTOS DE TONY WESLEY
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